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Escada de Jacó (Gn 28,10-22)

Quem foi Jacó? Qual a sua participação no plano salvífico de Deus? O que representa o sonho que ele teve de uma escada que ligava o céu e a terra? Quais verdades este sonho nos revela?

Jacó (aquele que lutou com Deus) era filho de Isaac (filho da promessa) que por sua vez era filho de Abraão (pai das multidões), ou seja, neto do homem ao qual Deus escolheu para dar inicio ao seu plano de salvação para toda a humanidade. Jacó teve 12 filhos homens que deram origem às tribos de Israel, o mais conhecido foi José (aquele que acrescenta) do Egito que tinha um dom divino de sonhar e interpretar as manifestações de Deus.

A palavra “comunicação” que esta tanto em evidencia nos dias de hoje, foi uma característica própria de Deus na Escrituras que sempre falou ao seu povo, e uma via bem peculiar era falar por meio de sonhos, além de José já mencionado, destacaria outro, José esposo de Maria que também se comunicou com Deus por meio de sonho para assumir sua missão de guardião das duas maiores joias de Deus aqui na terra, Jesus e Maria.


Imagem/Reprodução: br.pinterest.com

Jacó em uma expedição, parou para descansar, e ao reclinar a cabeça sobre uma pedra que lhe serviu de travesseiro, teve um sonho revelador, uma verdadeira Teofania, vale aqui uma explicação da diferença entre Epifania e Teofania, embora ambas signifiquem a mesma coisa, ou seja, a manifestação de Deus, a diferença é que epifania trata-se de nosso deslocamento até o lugar onde Deus já esta lá e se manifesta pra nós, um exemplo disso foi os reis magos quando foram ao encontro do menino Deus para adorá-lo e a Teofania é quando estamos num lugar e Deus desce até nós para manifestar-se como aconteceu na anunciação e neste sonho.

Por meio de um sonho, Jacó "via uma escada, que, apoiando-se na terra, tocava com o cimo o céu; e anjos de Deus subiam e desciam pela escada. No alto estava o Senhor" (12), que nos aponta para o Messias, o Filho de Deus, Jesus (que significa Deus salva) que por sua morte e ressurreição faria a ligação entre o céu e a terra, sua natureza humana e divina seriam reveladas, e Deus deixaria de ser um Deus invisível ou desconhecido, e se tornar desde então um Deus conhecido, visível, tangível. Isso me fez lembrar da celebre frase que inspirou um trecho de uma canção:


“Jesus, rosto divino do homem! Jesus, rosto humano de Deus” São João Paulo II.


Deus promete desenhar este projeto a partir de um povo numeroso que chegaria até nós e isso se sacramenta quando somos batizados, somos enxertados nesta promessa, somos inseridos nesta numerosa família de Deus! Algo típico na época era erigir estelas ou pedras que adquiriam um caráter de memorial ou testemunho, dar ao território uma conotação de lugar Sagrado, futuramente realizar naquele lugar uma construção de um santuário, Templo, e assim aconteceu, pois em Betel que significa “Casa de Deus” posteriormente, foi construído o Templo de Jerusalém, a terra Santa!

E por fim, não poderia deixar de fazer um paralelo ao termo “Porta do Céu” usada no texto que nos remete a Virgem Maria, Mãe de Deus (Theotokos) do qual entendemos que, Ela foi a porta que Deus abriu para vir até nós, a porta que ele abriu para irmos até ele!

“A Santíssima Virgem é o meio que serviu para Ele vir a nós. E é o meio de que devemos servir para ir a Ele” Sto. Agostinho.

Reflexão: Alessandro Borges






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